quarta-feira, 21 de abril de 2010

TRANSTORNOS ALIMENTARES

Ninguém se assusta quando ouve uma adolescente magricela recusar uma mordida no sanduíche da amiga dizendo estar de regime. O uso indiscriminado de inibidores de apetite tampouco gera reprimendas mais intensas (Jornal do Brasil, 14 de outubro de 2001).
Esses comportamentos, porém, podem ser um sinal de alerta para um problema mundial que atinge 1% da população feminina entre 18 e 40 anos e pode levar à morte. Mas que só agora começa a receber a atenção devida no Brasil.

Os Transtornos Alimentares constituem uma verdadeira "epidemia" que assola sociedades industrializadas e desenvolvidas acometendo, sobretudo, adolescentes e adultos jovens. Quais serão os sintomas dessa epidemia emocional?

De um modo geral, o pensamento falho e doentio das pessoas portadoras dessas patologias se caracteriza por uma obsessão pela perfeição do corpo. Na realidade, trata-se de uma "epidemia de culto ao corpo".
Essa "epidemia" se multiplica numa população patologicamente preocupada com a perfeição do corpo e que está sendo afetada por alterações psíquicas caracterizadas por distúrbios na representação pessoal do esquema corporal. Os Transtornos Alimentares vêem aumentando sua incidência perigosamente e já começa a alarmar especialistas médicos, sociólogos, autoridades sanitárias.

Essa busca obsessiva da perfeição do corpo tem várias formas de se manifestar e, algumas delas, diferem notavelmente entre si. Existem os Transtornos Alimentares mais tradicionais, que são a Anorexia e Bulimia nervosas mas, não obstante, existem outros que se estimulam e desenvolvem na denominada "cultura do esbelto".
Chamados de transtornos alimentares (a anorexia e a bulimia são os mais conhecidos), eles fazem o paciente desenvolver uma relação doentia com a comida - ou empanturram-se com até 15 mil calorias em uma única refeição para depois colocar tudo para fora (caso da bulimia) ou ficam dias sem comer (na anorexia).

Os portadores da doença também desenvolvem uma obsessão pela forma física e distorcem a auto-imagem a tal ponto que se sentem gordos mesmo estando com 38 kg. O resultado é a paulatina deterioração física e mental, que começa com sintomas leves como queda dos cabelos até complicações cardiovasculares, renais e endócrinas graves que podem levar a morte (veja o artigo todo).
Educadores, professores, pais devem ter noção dos fatores de risco da Anorexia Nervosa e da Bulimia:


- Meninas adolescentes e adultas jovens de classe média e média-alta;
- Meninas que aspiraram trabalhar em atividades que privilegiam e enfatizam o estado de magreza do corpo (atores, modelos, bailarinas e desportistas);
- Ex- gordas ou com excesso de peso que se tornam obsessivas por práticas freqüente de dietas;
- História familiar de transtorno obsessivo-compulsivo;
- Baixa auto-estima, expectativa de grandes desempenhos (feitos), perfeccionismo, insegurança no relacionamento social, dificuldade em identificar e expressar sentimentos;

Que são os Transtornos Alimentares?

Os Transtornos Alimentares são definidos como desvios do comportamento alimentar que podem levar ao emagrecimento extremo (caquexia) ou à obesidade, entre outros problemas físicos e incapacidades.
O impacto que os Transtornos Alimentares exercem sobre as mulheres é mais prevalente, ainda que a incidência masculina esteja aumentando assustadoramente.

Eu confesso para vocês, caro leitores, que por vezes eu quis ter uma dessas patologias. É verdade, eu uma pessoa que cursa pedagogia na Universidade Federal da Bahia, que será uma futura educadora e como tal, deverá dar bons exemplos aos seus alunos, possuo sim, e infelizmente, minhas fraquezas - e eu diria, também, insanidades - pessoais. Eu lastimo pensar desta forma, mas é algo quase involuntário, quando eu percebo já foi pensado ou dito.

Sei que muitas pessoas têm a mesma dificuldade que eu, mas espero que consigamos mudar esse pensamento mesquinho, prejudicial e até egoísta para com as pessoas que nos rodeiam.

Estou procurando pesquisar os efeitos negativos dessa busca incansável pelo “corpo perfeito” na perspectiva de alertar as pessoas sobre o perigo que às cercam.


E vamos adiante!

terça-feira, 20 de abril de 2010

Sibutramina um perigo À saúde!


Lembram do remédio que mencionei estar utilizando para emagrecer? Pois bem, sobre este remédio houve uma polêmica muito grande no início deste ano e, por este motivo, apareceu nas principais manchetes e noticiários midiáticos.

A sibutramina em Janeiro deste ano foi proibida na Europa, está sob averiguação e alerta nos EUA e, também, aqui no Brasil que é, por sinal, o país que mais consome este medicamento.

Para ilustrar essa informação vale conferir a notícia abaixo, retirada do site Último Segundo, para saber a notícia na integra é só clicar no link!!!

Europa proíbe remédio popular para emagrecer

Desde a última segunda-feira, está proibida na Europa a comercialização de um dos produtos mais usados no mundo para emagrecer.

A sibutramina foi banida das farmácias européias com a alegação de que aumenta os problemas cardíacos nos usuários. A droga, no entanto, continua válida no Brasil, país líder no consumo dos remédios para perder peso.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou que ainda não é certo que a proibição da sibutramina chegará ao Brasil. As autoridades brasileiras primeiro vão analisar o estudo que embasou a decisão da Agência Europeia de Medicamentos (Emea, sigla em inglês) para decidir qual medida sanitária será implantada no País.

A Emea utilizou as conclusões do estudo chamado de Sibutramine Cardiovascular Outcomes Trial (Scout) para justificar a proibição. Durante seis anos, 10 mil usuários de sibutramina foram acompanhados e os autores afirmam ter diagnosticado aumento de infartos e derrames entre eles. Os riscos do produto, vedete da indústria farmacêutica para o emagrecimento, foram classificados como maiores do que os benefícios.

Apesar da decisão da Agência da Europa ter sido a mais radical, há uma tendência mundial de fechar o cerco à sibutramina. Nos Estados Unidos, o FDA – agência americana responsável pela regulamentação de medicamentos e alimentos – já havia solicitado ao laboratório Abbot, um dos principais fabricantes da substância, intensificasse os alertas sobre os riscos do uso da substância por quem já sofre de problemas cardiovasculares. Relatórios norte-americanos apontaram que 11,4% dos usuários de sibutramina morreram ou tiveram paradas cardíacas severas.

No Brasil, os riscos do uso de remédios para emagrecer vão muito além da sibutramina. As publicações anuais da Organização das Nações Unidas (ONU), de forma recorrente, alertam para o uso nocivo de emagrecedores no território brasileiro. O país é campeão do consumo, deixando para trás até mesmo os Estados Unidos.

Segundo o último relatório divulgado pela ONU no ano passado, a grande produção doméstica, as limitadas restrições e a facilidade na compra dos medicamentos (pela internet é possível adquiri-lo até sem prescrição médica) colaboram para colocar o País no topo do ranking mundial do consumo deste medicamento para emagrecer.

O pior é que estive no meio desta estatística e hoje percebo o quão ignorante e inconseqüente fui ao me deixar levar pela vontade de emagrecer a qualquer custo... Os resultados, ainda podem ser piores, mas eu espero que não!

Crise de consciência!

Depois de mais de 1 ano resolvi voltar a escrever! Quer saber, nada do que fizemos deu certo, muito pelo contrario, só piorou a nossa auto-estima. Essa política maciça e maçante de padronização e supervalorização do corpo magro acabou nos afundando num sentimento terrível de culpa e rejeição. Eu mesma (Ivana) estou, agora, num processo de princípio depressivo e estou me medicando, e sabe o que e pior? Engordei o pouco que tinha emagrecido com o medicamento que estava tomando antes sem se quer ter sido receitado para mim – a sibutramina.

Minha irmã, que tem apenas 15 anos tem vergonha de ir à praia com seus amigos, pois se considera gorda e, consequentemente, feia.

É triste perceber que mesmo com um nível de conhecimento considerável, eu ceda a esse tipo de futilidade, superfluidade e por conta disso prejudique a minha saúde física e mental e que não consigo colaborar para que jovens, como minha própria irmã, não entrem nessa “nóia”.

Por essas e outras, que resolvi mudar algumas atitudes, embora saiba que não seja nada fácil. O meu primeiro passo será mudar o conteúdo deste blog, isso mesmo! A partir de agora o foco do meu blog não será o emagrecimento, cruel, ilusório e até mortal, eu diria, mas sim a saúde o bem mais precioso que temos...

Funcionará para mim como uma espécie de terapia e para vocês, leitores, como incentivo a cultivar o amor próprio, afinal se não nos amar que irá?

Xiiiiiiiiiiiii acho que soou meio piegas, mas é isso mesmo!!!

Estou feliz em estar dando este 1º pequeno passo.